quarta-feira, 18 de junho de 2014

Vida de babá em Dublin - parte 1

Oi gente, tudo bem com vocês?

Hoje irei contar um pouco para vocês da minha experiências de babá aqui em Dublin.

Já são quase 3 anos morando aqui e até o momento, eu já trabalhei com 07 famílias (entre acordos temporários de 01 mês e de períodos mais longos de 06 meses).
Hoje falarei somente da primeira família. 

Para vocês ficarem por dentro dos termos, irei explicar.
01- Aupair: que significa babá mas que mora com a familía. Alguns dividem em duas partes: uma é a  live in destinada para quando a babá mora com a família ou live out para quando a babá não mora com a família. Essa divisão algumas pessoas dizem ser errada (mas é bem normal esses termos por aqui).
02 - Childminder ou apenas minder: que é quando a babá não mora com a família.
03 - Nanny ou babysitter: quando a pessoa trabalha esporadicamente para a família. Seja cuidando das crianças por algumas horas de noite, para que os pais saiam ou até mesmo por algumas horas durante o dia.

Agora vamos lá.

Minha primeira oportunidade de trabalhar como babá veio com a indicação de uma amiga que estava saindo da família.
Eu tinha apenas 02 meses em Dublin.
Essa oportunidade era de aupair live in. Meu horário de trabalho era de segunda à sexta a partir das 14h00 sem horário fixo de terminar porque a mãe era taxista, sábado precisava estar em casa às 18h00 (senão me engano) e domingo tinha o dia todo de folga. Meu salário era de um pouco mais de 100euros por semana.
Eu tinha que cuidar de um menino de 11 anos.
Preparar almoço e jantar, leva-lo às atividades extras e cuidar das coisas dele como lavar roupas, uniformes, arrumar o quarto...
Como ele ia para a escola de manhã, eu tinha esse horário livre para poder estudar também.
Comecei a trabalhar em torno do dia 02 de novembro de 2011.
A minha intenção era ficar com a família apenas durante o inverno, para poder ecomizar (já que não pagava conta de energia, que fica bem cara no inverno por causa do uso dos aquecedores).
Umas 03 semanas na casa e o frio Irlandês chegou, e com ele veio também minha sinusite.
Meu quarto era bem pequeno, e a cama ficava encostada na parede que tinha a janela (não tinha opção de mudar).
Gente, aquilo era um iglu. Sem exagero. Tinham noites que não conseguia dormir direito, porque eu acordava ou com meu nariz congelado ou com as minhas costas.
Quando fui perguntar para a mãe sobre o aquecedor, a resposta dela foi que o aquecedor central da casa estava quebrado e que ela não ia mandar arrumar porque era muito caro. O único aquecedor que tinha na casa era um portátil que ficava na sala e que não podia ser levado para o quarto. 
OI?!?!?!?!
Pois é minha gente, meu plano de economizar saiu pela "culatra".
Quando foi uma semana antes deu viajar para Londres (a mãe tinha me liberado para a viagem numa boa), rolou um stress entre eu e ela.
Essa foi a minha primeira briga em inglês. hahaha  Bate boca mesmo.
Depois de ela me pedir para limpar a casa toda (coisa que eu fazia porque a casa era suja mas afinal eu morava la também e não ia viver na sujeira), incluindo dentro dos armários (vamos deixar claro aqui, que eu fiz tudinho o que foi pedido, ela até chegou em casa enquanto eu terminava de limpar dentro de um dos armários), ela já veio com a voz alterada me falando que o filho dela não precisava de babá, que ele já era grande o suficiente para cuidar dele mesmo, que ela precisava era de uma pessoa para limpar a casa (uma secretária do lar).
Foi nesse momento que liberei todo meu vocabulário em inglês (que nem eu sabia que tinha. hahaha).
Falei que não tinha sido contratada para tal serviço, que somente o faria se ela me pagasse para isso, que ali eu era apenas a babá do filho dela.
Não deixei ela abusar de mim, somente pelo fato deu ser estrangeira.

Claro que naquela semana mesmo tive que sair da casa, mas pelo menos meus princípios estavam ali comigo.

Na minha mudança, o taxista que foi me ajudar era brasileiro e durante nossa conversa, ele me disse que uma das pessoas que morava com ele ia sair do apartamento e que se eu precisa-se poderia ficar com a vaga.

Euzinha aqui, que tinha passado minha vaga do apartamento para uma pessoa por 3 meses, estava sem casa. hahaha
A solução foi recorrer aos amigos, e ser acolhida pelo sofá amigo por uma noite, já que na manhã seguinte iria para Londres.

Na volta da minha viagem, fui no apartamento do taxista e acabei ficando com a vaga.
Não tinha muitas opções, e ficar no sofá dos amigos durante o inverno não era uma opção.

Olha, para a minha primeira experiência foi bem traumatizante, não acham?

Mas mesmo assim, ainda tenho mais 06 experiências para dividir com vocês.

Como falei nesse outro post, nunca deixem ninguém pensar que é melhor, seja ele brasileiro, africano, europeu ou asiático.


Espero que tenham gostado do post, e logo virei falar da minha experiência número 2

Você já passou por uma situação assim?
Se sim, me fale aqui nos comentários.  ;)


Nos veremos em breve!
Bjs e até

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